Já vos dissemos que vamos abrir a exposição "José Vassalo. Um mausoléu singular" no próximo sábado. Mas quem é que sabe quem é o artista José Vassalo e porque é que está patente na coleção do museu de Torres Novas?
José Vieira Vassalo Pereira era doutor em Matemática pela Universidade de Paris e professor catedrático de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Em 1981, José Vassalo passou a dedicar grande parte da sua vida também à pintura no seu “atelier” da Quinta de Santo António, em Rio de Mouro, onde residiu até à data da sua morte em 2016. Poucos sabiam da sua produção plástica cujos temas dominantes são as "paisagens", os "retratos", "músicos", "cavalos e cavaleiros" e "clássicos revisitados".

É com muito entusiasmo que vos contamos que estamos prestes a inaugurar um trabalho que para nós é muito especial: a exposição "José Vassalo. Um mausoléu singular.” Estão todos/as convidados/as para a inauguração no próximo sábado, no antigo edifício da Praça do Peixe.

O nosso museu é detentor de um conjunto de mais de mil obras da autoria de José Vassalo, recebido por doação do legatário do artista em 2016 e 2017. Com o apoio da família de José Vassalo, foi finalmente possível estudar a sua obra. Raquel Henriques da Silva e Margarida Elias, ambas membros do Instituto de História da Arte da Universidade Nova de Lisboa, dedicaram-se nos últimos meses ao estudo da obra de José Vassalo, propondo agora ao público uma mostra sobre a vida e obra do artista, com mais de 70 trabalhos que estarão em exposição no antigo edifício da Praça do Peixe, em Torres Novas. Esta mostra é uma iniciativa conjunta do nosso museu e da família do artista que se empenhou material e afetivamente para a sua concretização.

 
A CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TORRES NOVAS
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Torres Novas foi fundada em 14 de dezembro de 1928, na sequência do antigo Sindicato Agrícola de Torres Novas, fundado em 1917. Os sindicatos agrícolas surgiram nos últimos anos da Monarquia Constitucional como modelo de organização dos proprietários agrícolas, atendendo à então recente legislação que regulava o associativismo operário.

 
Na pintura “Vale de Colares”, Carlos Reis evidencia a sua faceta de paisagista. O quadro representa uma perspetiva “aérea” da paisagem a partir de um ponto de observação afastado.
Esta pintura foi adquirida pelo estado em 1915 e pertence ao espólio do Museu Nacional de Arte Contemporânea (mais conhecido por museu do Chiado - Lisboa), mas encontra-se em exposição permanente no Museu Municipal Carlos Reis, onde pode ser apreciada. Venha conhecer esta e outras obras do grande pintor naturalista, de segunda a sexta feira, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30. Aos sábados e domingos o museu está aberto entre as 14h00 e as 18h00.

Sabia que entre março e abril de 2012 decorreram intervenções arqueológicas no interior do Castelo de Torres Novas, onde foram escavadas 58 sepulturas?

Dessas sepulturas foram exumados 57 indivíduos, 37 adultos e 20 não-adultos.

Estes vestígios osteológicos humanos são de cronologia moderna, sendo apenas uma amostra, pertencente ao antigo Cemitério Municipal, inserido no Castelo de 1835 a 1938.

A amostra de indivíduos recuperados faz parte da coleção osteológica humana à guarda do Museu Municipal Carlos Reis. Os vestígios têm sido estudados por uma antropóloga biológica, Vitória Duarte e também têm servido de apoio a ações do serviço educativo.

Foto do cemitério cedida pelo Arquivo Municipal de Torres Novas.

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