Obras da Fundação Carmona e Costa e da Neupergama até 22 de junho na Praça do Peixe

Estará patente de 12 de abril a 22 de junho, na Praça do Peixe, em Torres Novas, a exposição «Uma Graça Natural» que reúne obras da coleção Fundação Carmona e Costa e da coleção Neupergama. A exposição, com curadoria de António Gonçalves, inclui obras de artistas como Julião Sarmento, Paula Rêgo, Mário Cesariny, Nikias Skapinakis, entre muitos outros. Pode ser visitada gratuitamente de terça a domingo, das 14h às 18h.

Para o curador, «Um encontro de amigos é uma celebração e uma forma de dar sentido à vida. Eventualmente o encontro existe pelo princípio da cumplicidade que muito contribuiu para uma firmada base da boa relação. Colecionar obras de arte é convocar encontros, dar sentido a relações que possam acontecer por linhas de complementaridade e cumplicidade. Obra após obra vão entrando no ciclo de intimidade do colecionador, “presenças” de artistas, que vão constituindo um âmago que irradia sensibilidade e desígnio muito singular. O que induz esta vontade de querer reunir formas que resultam de processos criativos? O que estimula a curiosidade para se perscrutar obras que venham munidas de sentido e potenciem o encontro? Uma graça natural, poderá ser a resposta mais próxima do pleno sentido da simplicidade. A exposição que se apresenta resulta de uma seleção de obras da Coleção de Arte Contemporânea da Fundação Carmona e Costa e da Galeria Neupergama, obras essas que chegaram a estas coleções por intermédio de seres para quem a relação com a obra de arte, foi sempre uma conexão e encontro com os artistas. Maria da Graça Carmona e Costa e José Carlos Cardoso tiveram essa sabedoria de dar sentido à vida pela acuidade com que geraram os encontros e os elevaram a celebração. O que se exorta nesta exposição é a atenção para afinidade, numa cuidada e apurada atenção à sensibilidade. Os diálogos e ligações que se estabelecem nas obras expostas, admitem refletir o sentido do encontro e o que deste pode resultar para se intensificar a razão da vida.

Encontros de artistas de diferentes gerações, com diferentes conceções plásticas e conceptuais, que na sua diversidade nos possibilitam uma deambulação pela experiência do fruir e contemplar por intermédio do contacto com as obras na mais verdadeira da graça natural.»

“Uma Graça Natural”, apresenta obras de: Adriana Molder; Alberto Carneiro; Alexandre Conefrey; Álvaro Lapa; Ana Hatherly; Ana Jotta; Ana Vieira; Ângelo de Sousa; António Costa Pinheiro; António Palolo; António Sena; Carlos Bunga; Daniel Barroca; Fernando Calhau; Gaetan; Ilda David’; João Hogan; João Jacinto; João Penalva; João Queiroz; João Vieira; Joaquim Rodrigo; Jorge Martins; Jorge Molder; Jorge Pinheiro; José Barrias; José Loureiro; José Pedro Croft; Julião Sarmento; Luís Noronha da Costa; Manuel Baptista; Manuel RosaMaria Capelo; Maria José Oliveira; Mariana Gomes; Mário Cesariny; Miguel Branco; Nikias Skapinakis; Paula Rêgo; Paulo Nozolino; Pedro A.H. Paixão; Pedro Cabrita Reis; Pedro Calapez; Pedro Calapez; Pedro Casqueiro; Pedro Chorão; Pedro Portugal; Pedro Valdez Cardoso; Rui Calçada Bastos; Rui Chafes; Rui Sanches e Susanne Themlitz. Um programa paralelo com visitas guiadas, oficinas, uma feira do livro de arte e concertos será anunciado brevemente.


No próximo dia 30 de abril, o Município de Torres Novas assinala o 2.º aniversário do núcleo museológico da Central do Caldeirão, com uma oficina para o público escolar e uma visita conversada para o público geral.
A visita conversada terá início às 17h30 e vai contar com a participação de alguns dos antigos trabalhadores da Central Hidroelétrica do Almonda e de outros setores da indústria de Torres Novas. Através das histórias dos trabalhadores, será percorrido o percurso histórico desta indústria, profundamente ligada ao rio Almonda e ao desenvolvimento de Torres Novas. A iniciativa é de participação gratuita, mas inscrição obrigatória através do email Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. .
Já a oficina para o público escolar, terá início às 10h30, e irá explorar os ofícios e profissões de uma época em que as fábricas integravam gestão, produção, armazenagem, comercialização, distribuição, comunicação e também proteção social.
O Núcleo Museológico da Central do Caldeirão é fruto da recuperação da antiga Central hidroelétrica de Torres Novas, que teve um período de funcionamento entre 1923 e 1984. A partir de meados da década de 1930 foi constituída uma empresa por quotas, a Empresa Industrial de Electricidade do Almonda, que até 1984, foi responsável pela gestão, produção e a distribuição de energia elétrica na cidade e no Concelho de Torres Novas.
Pela Central passaram mais de 150 trabalhadores, entre eletricistas, maquinistas, pessoal administrativo, serventes, serralheiros, pessoal técnico e da manutenção, atendimento e cobrança. Para além destas memórias, o Núcleo Museológico apresenta a coleção das peças de arqueologia industrial, conjuntos que integram as turbinas hidráulicas originais (1924, fundição de Fradelos, Porto) e o motor térmico com funcionamento a diesel produzido em Inglaterra no início do século XX.

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Data: 8 de abril (10h-17h)
Local: Museu Municipal Carlos Reis
Público-alvo: profissionais de museus e investigadores
O Município de Torres Novas vai promover, no próximo dia 8 de abril, terça-feira, no Museu Municipal Carlos Reis, o seminário intitulado «Coleção colonial no museu pós-colonial - Investigações artísticas e antropológicas em Museus com coleções coloniais africanas em Portugal: os casos de Torres Novas e de Lamego». A iniciativa, mediada por Inês Ponte (antropóloga) e Catarina Simão (artista e investigadora), decorrerá entre as 10 e as 17 horas e é dirigido, sobretudo, a profissionais das áreas da museologia e do património cultural, que poderão inscrever-se, gratuitamente, através do e-mail Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. .
A temática em foco insere-se num movimento internacional de questionamento sobre as estratégias e práticas para abordar as coleções coloniais em museus, numa perspetiva pós-colonial. Partindo dos casos de estudo dos museus de Torres Novas e de Lamego, Inês Ponte e Catarina Simão conduzirão os trabalhos para a análise e questionamento sobre a forma como olhamos para as instituições museológicas e, em concreto, para os acervos (a inventariação, a pluralidade na representação da memória, as recolhas, entre outras questões e campos de análise). Se Inês Ponte conhece bem, entre outras coleções nacionais, os meandros do acervo fundacional do Museu Municipal Carlos Reis, Catarina Simão é a curadora da exposição «Não visitem a sala colonial», a decorrer no Museu de Lamego. A exposição de Catarina Simão resulta de um projeto artístico e de mediação cultural e educativa «Sala Colonial», fruto de uma reflexão conjunta que reuniu o contributo de vários artistas, mediadores, escritores e académicos, partindo de quatro-questões chave: Os arquivos podem mentir? O museu reflete quem somos ou quem não somos? Lembrar o passado: aprender ou desaprender? O racismo vem da História?
Com a realização deste seminário, o Museu Municipal Carlos Reis dá continuidade ao trabalho iniciado internamente em 2020, com o estudo da sua própria coleção fundadora, realizado por Inês Ponte, antropóloga social especialista em pós-colonialismo. O MMCR abre as portas ao debate, precisamente no dia do aniversário do nascimento do fundador da biblioteca e do museu municipais de Torres Novas, Gustavo Pinto Lopes (1864), considerado, aliás, um “herói colonial”, como ainda se pode ler na legenda do seu retrato patente no museu de Torres Novas.

Realiza-se no próximo dia 5 de abril, às 15 horas, na Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes o lançamento do Roteiro de Arte Mural do concelho de Torres Novas (1974-2024), editado pelo Município de Torres Novas.
O roteiro, elaborado com base em pesquisa histórica e documental e entrevistas pessoais, faz parte do plano editorial municipal de 2025 e tem como objetivo dar a conhecer os murais de arte urbana existentes no concelho, contendo ainda o registo fotográfico de outros, já desaparecidos, realizados nas décadas de 70 e 80 do século passado.
A autora, Marta Nunes Ferreira, historiadora de arte, fez este trabalho no âmbito das suas funções como técnica superior no Museu Municipal Carlos Reis. Haverá uma sessão de apresentação seguida de visitas guiadas a alguns dos murais. Durante a sessão de apresentação serão intervenientes João Carlos Lopes, autor de alguns murais do período pós-25 de Abril, Ricardo Triães, especialista em conservação e restauro, Lara Seixo Rodrigues, criadora e curadora de eventos de arte urbana, e João Maurício (conhecido por Violant), torrejano, artista urbano, com trabalhos em Portugal, Polónia e Bélgica.
As visitas orientadas a alguns dos atuais murais existentes no concelho, serão conduzidas por alunos e pelos professores de artes da Escola Secundária Maria Lamas, Maria Paula Godinho e Rui Tapadinhas. Lara Seixo Rodrigues acompanhará igualmente estas visitas.

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29 de março | 17h | Museu Municipal Carlos Reis
«Quase da Família» é uma série áudio-documental de quatro episódios sobre a história do trabalho doméstico e o movimento sindical de um grupo de trabalhadoras, antes e após o 25 de Abril. Uma história sobre as mulheres que limpam e cuidam do mundo. É uma adaptação jornalística para podcast da peça de teatro Monólogo de uma mulher chamada Maria com a sua patroa, criada pela estrutura de criação artística Cassandra.
Nesta escuta coletiva, o Museu Municipal Carlos Reis e o podcast de jornalismo de investigação Fumaça convidam o público a ouvir o primeiro episódio desta série: As Criadas. A escuta é partilhada e imersiva, com auscultadores, seguindo-se um momento de conversa com a equipa do podcast.
Sessão direcionada ao público geral, com 120 minutos de duração, de inscrição obrigatória através do email: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Iniciativa no âmbito da Exposição «As Mulheres de Maria Lamas», para visitar até 6 de outubro no Museu Municipal Carlos Reis.

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