Musealização da Central Hidroelétrica do Caldeirão – Torres Novas //
Neste processo de recolha, contámos com o testemunho do Dr. Rui Alves Vieira
«Desde 2003 que me interessei em colaborar com o Município de Torres Novas nos projetos de recuperação do edifício da central elétrica do caldeirão, que já se encontrava nessa época, em estado de deterioração e abandono, mas que, em 2003 ainda não tinha sido vandalizado, como veio a acontecer mais tarde, por volta do ano de 2008. Felizmente que está a acontecer esta recuperação. Alegro-me imensamente com isso, e é caso para se dizer: “- Já não era sem tempo!”.

 
Musealização da Central Hidroelétrica do Caldeirão
Neste processo temos contado com entregas e doações de bens culturais e espólio documental por parte dos antigos trabalhadores e da comunidade, algo que nos tem trazido bastante satisfação e motivação para que possamos formar, organizar, registar e desenvolver bancos de dados não só, a partir de testemunhos e memórias, mas também a partir de objetos e documentação diversa (fotografias; imagens; livros de registo; boletins de leitura; cartões pessoais de profissional; documentação sindical, etc.) associada à Central. Foi nesse contexto, que recebemos a doação do Relógio Kaiser, entregue pelo Sr. Carlos Maltez:

 
Musealização da Central Hidroelétrica do Caldeirão – Torres Novas // Recolha de memórias e testemunhos dos trabalhadores
Procurando obter os testemunhos dos trabalhadores, e assim conhecermos melhor as dinâmicas laborais da central, hoje foi a vez de o Sr. Artur António Lopes Ferreira, a quem agradecemos, a disponibilidade para colaborar neste processo.
"Sou natural de Nicho do Rodrigo, Torres Novas, onde fiz o meu percurso escolar e frequentei o curso da Escola Industrial e Comercial de Torres Novas.

 
Musealização da Central Hidroelétrica do Caldeirão – Torres Novas // Recolha de memórias e testemunhos dos trabalhadores
Procurando obter os testemunhos dos trabalhadores, e assim conhecermos melhor as dinâmicas laborais da central, hoje fomos ao encontro do Sr. José da Cruz dos Anjos, a quem agradecemos, a disponibilidade para colaborar neste processo.
"Sou natural de Carregueira, Chamusca, vim para Torres Novas após cumprir o serviço militar. Fui admitido na Central do Almonda, com 26 anos, em 1967. Já entrei como eletricista mas faziamos tudo o que era preciso, muito diferente depois com as especializações, uns montam contadores, outros fazem ramais etc. Nós na altura faziamos tudo, metíamos as peleias para as baixadas, montávamos o contador, faziamos a instalação, abriamos os buracos, colocávamos os postes. Eu quando entrei já trazia alguma experiência. Fui integrado na assistência a postes de transformação e redes.

Musealização da Central Hidroelétrica do Caldeirão – Torres Novas //

Recolha de memórias e testemunhos dos trabalhadores

Continuamos com a recolha de mais testemunhos orais de trabalhadores a fim de conhecermos melhor o funcionamento da central e suas dinâmicas laborais e sociais. Aqui fica o registo do testemunho do Sr. João Carlos Frade:

“Sou natural da freguesia de Assentis, concelho de Torres Novas. Entrei para a Central Elétrica do Almonda em junho de 1974, com 14 anos, até sair para a pré-reforma em 2014. Mantive-me sempre ligado ao sector da eletricidade e da energia elétrica. A empresa do Almonda tinha várias vertentes, desde a produção, até à parte de distribuição, venda de eletrodomésticos, reparações, e não só a instalação e eletrificação, mas também a venda ao público e assistência.

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