Data: 8 de abril (10h-17h)
Local: Museu Municipal Carlos Reis
Público-alvo: profissionais de museus e investigadores
O Município de Torres Novas vai promover, no próximo dia 8 de abril, terça-feira, no Museu Municipal Carlos Reis, o seminário intitulado «Coleção colonial no museu pós-colonial - Investigações artísticas e antropológicas em Museus com coleções coloniais africanas em Portugal: os casos de Torres Novas e de Lamego». A iniciativa, mediada por Inês Ponte (antropóloga) e Catarina Simão (artista e investigadora), decorrerá entre as 10 e as 17 horas e é dirigido, sobretudo, a profissionais das áreas da museologia e do património cultural, que poderão inscrever-se, gratuitamente, através do e-mail Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. .
A temática em foco insere-se num movimento internacional de questionamento sobre as estratégias e práticas para abordar as coleções coloniais em museus, numa perspetiva pós-colonial. Partindo dos casos de estudo dos museus de Torres Novas e de Lamego, Inês Ponte e Catarina Simão conduzirão os trabalhos para a análise e questionamento sobre a forma como olhamos para as instituições museológicas e, em concreto, para os acervos (a inventariação, a pluralidade na representação da memória, as recolhas, entre outras questões e campos de análise). Se Inês Ponte conhece bem, entre outras coleções nacionais, os meandros do acervo fundacional do Museu Municipal Carlos Reis, Catarina Simão é a curadora da exposição «Não visitem a sala colonial», a decorrer no Museu de Lamego. A exposição de Catarina Simão resulta de um projeto artístico e de mediação cultural e educativa «Sala Colonial», fruto de uma reflexão conjunta que reuniu o contributo de vários artistas, mediadores, escritores e académicos, partindo de quatro-questões chave: Os arquivos podem mentir? O museu reflete quem somos ou quem não somos? Lembrar o passado: aprender ou desaprender? O racismo vem da História?
Com a realização deste seminário, o Museu Municipal Carlos Reis dá continuidade ao trabalho iniciado internamente em 2020, com o estudo da sua própria coleção fundadora, realizado por Inês Ponte, antropóloga social especialista em pós-colonialismo. O MMCR abre as portas ao debate, precisamente no dia do aniversário do nascimento do fundador da biblioteca e do museu municipais de Torres Novas, Gustavo Pinto Lopes (1864), considerado, aliás, um “herói colonial”, como ainda se pode ler na legenda do seu retrato patente no museu de Torres Novas.
Sobre as mediadoras/formadoras:
Inês Ponte foi investigadora de pós-doutoramento com uma bolsa individual Marie Curie (combinando neste projeto o trabalho de arquivo em Portugal e de terreno em Angola). É doutorada em Antropologia Social com Meios Visuais (2015, Universidade de Manchester, Reino Unido, Bolseira da FCT) e tem-se especializado em combinar áreas da antropologia e da história para explorar ligações entre o local-regional-global de uma perspetiva pós-colonial em várias geografias (Angola, Índia), bem como o potencial de metodologias visuais em pesquisa. Colaborou em equipas transdisciplinares, cruzando a antropologia com a psicologia, a literatura, a critica de arte, a educação e a comunicação, em Portugal, Índia, Brasil, Angola e Reino Unido. Em 2022 foi, com Maria José Lobo Antunes, curadora da exposição A Guerra Guardada: fotografia de soldados portugueses em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique (1961-74), no Museu do Aljube, Lisboa. [ler mais em https://www.ics.ulisboa.pt/pessoa/ines-ponte ]
Catarina Simão é uma artista e pesquisadora que vive e trabalha entre Maputo e Lisboa. Desde 2009 que tem trabalhado com a noção de “Arquivo”, com enfoque na história anticolonial e da Independência de Moçambique. Aborda criticamente a contrapartida da custódia dos registos, seus significados mutáveis e sua capacidade de incorporar um conhecimento diferido. Ela trabalha principalmente com filmes e vídeos ambientados em instalação, mas também usa outros elementos figurativos como fotografia, livros didáticos, desenho e som. O trabalho de Simão foi exibido no Museu de Serralves, Manifesta 8, Africa.cont, Museu Reina Sofia, Ashkal Alwan, New Museum, The Kyiv School, EVA International, Transit Gallery, Garage Museum e IASPIS, entre outros. [ler mais em https://catarinasimao.com/infos/ ]

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