O Orfeão Torrejano

O Orfeão Torrejano, do padre Maya dos Santos, surgia em Torres Novas em 1923/24 sob orientação daquele que viria a ser conhecido localmente pelas suas crónicas no Almonda – plenas de ironia e crítica social e política –, mas também enquanto músico. A primeira fase da existência deste agrupamento musical duraria até 1931, para renascer em 1946, com a enorme força e pujança das suas mais de 100 vozes masculinas. O fim do grupo chegaria uns anos depois, por doença do fundador, em 1955.
A escola de desenho industrial Vitorino Damásio

Em 1885, começou a funcionar, no Palácio do Conde de Torres Novas, a Escola de Desenho Industrial Vitorino Damásio. O currículo educativo assentava nas seguintes ofertas:
Ensino elementar
- Preparatório: desenho à vista e contorno dos objectos;
- Complementar: desenho linear à vista, ornatos, figuras geométricas (sombreados e cores).
O lenço tabaqueiro

Objeto de higiene pessoal, o lenço tabaqueiro era usado ao pescoço, à cinta, ou no bolo, para limpar o suor do rosto. Surgindo em várias cores e diversos padrões, a versão vermelha, com moldura às riscas brancas e pretas, popularizou-se entre os homens que trabalhavam no campo.
Este lenço de algodão fino passou a ser conhecido como lenço tabaqueiro, por ser associado à época em que o consumo de tabaco, aspirado e não fumado, aumentou a frequência de limpar o nariz entre os seus consumidores.
A primeira fábrica de lenços, cambraias e fazendas brancas, na Alcobaça do século XVII, que produzia este lenço, emprestou-lhe ainda designação de “o alcobaça”.
Este objeto que nos leva até às memórias do trabalho nas quintas e fazendas do concelho de Torres Novas do início do século XX, faz parte do acervo do nosso museu (nº de inventário 558).