No passado sábado, dia 22 de junho, decorreu no CHUDE-Centro Humberto Delgado o Encontro Associativismo e Democracia. A iniciativa contou com a presença de diversas associações locais e com os investigadores do CIES-ISCTE e do OPAC-Observatório Português das Atividades Culturais. 

Agradece-se a todos os presentes, em especial aos mediadores (Luís Sousa Ferreira, programador cultural, e Sofia Costa Macedo, investigadora do ISCTE) e aos participantes das mesas de debate – o Cento Cultural e Recreativo de Boquilobo, a Banda Operária Torrejana, o Coletivo 249, o Fatias de Cá, o Choral Phydellius, a Sociedade Velha Filarmónica Riachense e a Associação Desportiva, Recreativa e Cultural de Alcorochel –, à classe de guitarra da Banda Operária Torrejana e ao coro As Meninas de Alcorriol, pelo concerto de encerramento.

 

Esta iniciativa resultou de uma organização dos serviços municipais de Cultura (CHUDE-Centro Humberto Delgado) e de Associativismo, em parceria com o CIES – ISCTE.

A dança regressa ao VOLver no próximo dia 15 de junho com "Uma praça de gente a arder"
A performance está a cargo da associação cultural O Corpo da Dança, “Uma praça de gente a arder” é alusiva às manifestações realizadas em Torres Novas em 27 de abril e 1 de maio de 1974, com a projeção de imagens desses dias.
A par do espetáculo, será apresentada uma instalação promovida pelo Museu Municipal Carlos Reis, constituída por 10 fotografias, em que é possível recordar os rostos de milhares de pessoas que participaram nessas manifestações e o ambiente de festa e alegria que então se viveu.
Por fim, decorrerá uma sessão de poesia e serão partilhados testemunhos de quem vivenciou o 25 de Abril, em Torres Novas.
15 de junho | Sábado
Torres Novas - Praça 5 de Outubro
Horário - 23:00
DURAÇÃO - 60 minutos
Público-alvo - Todos os públicos

«As eleições ocorreram a 8 de junho de 1958. Na manhã desse dia, o Governo fazia inserir nos jornais nota-oficiosa proibindo a fiscalização das urnas pela oposição!»1

Humberto Delgado era o candidato da oposição e defrontava-se com Américo Tomás, o candidato do regime, nessas presidenciais inéditas pela mobilização popular que a campanha eleitoral de H. Delgado provocou. A campanha ao “estilo americano”, «que eletrizava o país e apaixonava o Mundo»2, pautou-se pela proximidade nas ruas, por slogans e por uma mensagem: LIBERTAR O PAÍS DO MEDO E DA OPRESSÃO3.

«Neste confronto entre ordem e mudança, o facto inédito de Humberto Delgado não ter desistido da ida às urnas e de ter reunido o apoio de toda a oposição provocou um despertar de consciência em camadas da população até então adormecidas. Com as eleições de 1958 fica, pois, lançado o fomento para o sentimento de necessidade de uma mudança política no país, que não mais desaparecerá.»4

As eleições deram a vitória ao candidato do regime. Numa clara fraude eleitoral, Américo Tomás colheu 75,8% dos votos e Humberto Delgado 23,6%. Depois das eleições, o “General Sem Medo” manteve a sua atividade política na Oposição, no exílio, até 13 de fevereiro de 1965, dia em que é assassinado pela PIDE.

 

1 DELGADO, Humberto. Tufão sobre Portugal documentos para a história. Rio de Janeiro: Ed. Germinal, 1962, p. 56

2 Idem, ibidem, p. 42

3 REIS, Joana. Uma campanha americana. Humberto Delgado e as eleições presidenciais de 1958. Lisboa: Tinta da China, 2019, 227

4 Idem, ibidem, p. 253

 

FOTO: Manuel Pinheiro da Rocha, [Campanha da candidatura do general Humberto Delgado às eleições presidenciais de 1958, no Porto: Humberto Delgado saúda a multidão], PT/CPF/PR/000006. Imagem cedida pelo Centro Português de Fotografia.

Promovido pelo Museu de Lisboa e pelo Município de Torres Novas, decorreu a 23 e 24 de maio de 2024 um relevante encontro com momentos de partilha e debate entre diferentes especialistas que apresentaram os desafios com que foram confrontados nas várias fases de ambos os processos de intervenção, salientando o caráter pioneiro de algumas das soluções concretizadas. A primeira edição dos Encontros na Moagem - Fábrica de Moagem da Antiga Manutenção Militar, núcleo em construção do Museu de Lisboa, e da Central do Caldeirão de Torres Novas – Núcleo Museológico, revelou os trabalhos realizados pelas equipas que participaram no processo de conservação e restauro do património industrial integrado dos dois casos em análise. Partilhamos alguns dos registos da jornada de Torres Novas do dia 24 de maio que culminou com a interessantíssima visita à antiga Fábrica de Fiação e Tecidos de Torres Novas, um importante polo do património e da memória industrial de Torres Novas, recentemente adquirido pelo Município tendo vista a sua requalificação futura.

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