Musealização da Central Hidroelétrica do Caldeirão – Torres Novas // Recolha de memórias e testemunhos dos trabalhadores.
Procurando obter os testemunhos dos trabalhadores, e conhecer melhor as dinâmicas laborais da central, fomos ao encontro do Sr. Adriano Domingos Fernandes Lopes a quem agradecemos a disponibilidade para colaborar neste processo.
1ª parte
“Sou natural de Rexaldia, freguesia de Chancelaria, entrei ao serviço a 8 de maio de 1978. Na altura quem estava à frente da empresa era o Sr. José Maria Tavares depois passou a ser o Sr. Manuel Piranga. Entrei para a Central do Almonda como servente, com 18 anos. Vim para a manutenção e para realizar todo o trabalho que fosse necessário. Fiz baixadas, e estive na eletrificação das aldeias do concelho. A primeira onde estive a trabalhar foi o Vale da Serra, depois fizemos Brogueira, as Baselgas e outras que ainda não estavam concluídas. Fui-me aperfeiçoando até ter a carteira profissional de eletricista oficial e fui chamado para alguns serviços que foram aparecendo como aumentos de potência ou montagens de PTs novos, e fui chamado para dar apoio às montagens. Lembro-me muito dos meus colegas… Na altura o encarregado era o José Alves, mas quem estava à frente da minha equipa era o Artur Ferreira. Faziam parte o Mário Moreira, o Fernando Magalhães, o Augusto do Canto, também dava apoio o Ferro e depois os mais velhos que andavam a abrir buracos o Hermínio, o Ângelo Lopes, o Moura… tínhamos uma equipa pronta a fazer face a qualquer situação. Todos nós passamos por todas as fases. Eu também abri buracos para os postes. Felizmente dei-me sempre bem com os colegas e chefes e trabalhámos sempre bem em equipa. (…)”
Adriano Domingos Fernandes Lopes
Eletricista, 62 anos
Rexaldia, Torres Novas

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