Esta tarde o museu esteve fechado um par de horas. Uma missão triste, mas necessária, fez-nos ter de fechar a porta para que pudéssemos acompanhar o nosso colega Paulo Matos, nesta sua última travessia.
O Paulo chegou ao Museu Municipal Carlos Reis há cerca de 8 anos. Antes tinha sido calceteiro, trabalho raro e artístico. No seu novo posto de trabalho fez muitas coisas diferentes. Estudou demoradamente a casa e as histórias que a habitavam, o que não era difícil para quem, como ele, devorava livros. Recebia todos os que nos visitavam com a sabedoria e a simpatia que o caracterizavam. Não podemos aqui dizer tudo o que queríamos sobre o Paulo, nem é preciso. Basta não o esquecermos e continuarmos a abrir as portas do museu com a mesma cordialidade e alegria. Outros, que com ele conviveram, em diferentes contextos, guardarão outras memórias, mas nesta casa, Paulo, nós guardamos um bocadinho de tudo o que nos deu. Bem-haja!

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