Portugal atravessa um período de seca desde janeiro, no último mês de julho via 55,5% do seu território em seca severa e o restante em seca extrema, Torres Novas apresenta a mesma realidade.
A disponibilidade de água sempre foi fundamental da descrição de um território, nas Memórias Paroquiais de 1758 narrava-nos o prior de Alqueidão da Serra, Antonio Antunez de Mello: “Todos os lugares desta freguesia são muito abundantes de agoa de fontes.
Só o Valle da Serra não tem agoa; servindo-se os moradores athé poucos anos lá da agoa da fonte, que nas ce no pé de hum grande penhasco da serra, mas em baixo junto aos Cazaes de Marthanes a qual fonte hé hum grande olho de agoa, principio e origem do rio Almonda…” Em pleno século XVIII a água seria abundante, com a serra de Aire sem água superficial. Nas localidades que a bordejavam descreviam-se fontes levantadas, com diferente número de bicas, olhos de água que brotavam do chão térreo e olhos de água que brotavam da rocha. Encontrava-se água boa e em abundância, em qualquer lugar que se escavasse um poço.
Silva, Vasco Jorge Rosa da (2010) - «Serra de Aire em 1758», Nova Augusta, n.º 22, Torres Novas, Câmara Municipal de Torres Novas.
Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I. P. (IPMA, I. P.) - Índice PDSI - Situação Atual https://www.ipma.pt/pt/oclima/observatorio.secas/
Imagem: “Talha Vidrada”, pintura a óleo, de Carlos Reis, integrada no acervo do Museu Municipal Carlos Reis (n.º de inventário MMTN 198), através de doação do autor, em 1936.

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