LIBERDADE! PAZ! LIBERDADE: A LUTA PELA PAZ DE MARIA LAMAS
Em 1936, durante a guerra civil espanhola, Maria Lamas subscreveu o “Manifesto das Mulheres Portuguesas contra a guerra” e participou na fundação da Associação Feminina Portuguesa para a Paz, da qual foi dirigente.
Viu as duas guerras mundiais e as tensões que resultaram delas e, a partir da década de 50, assumiu a militância pela paz, estando na fundação da Comissão Nacional para a Defesa da Paz, integrando o Conselho Mundial da Paz em 1953 e proferindo conferências pelo Mundo inteiro.
Durante o Congresso de Copenhaga, em 1953, Maria Lamas escreveu à sua filha Maria Cândida o seguinte trecho:
“Todos os meus sentimentos e a minha própria consciência se fortaleceram, e eu tenho, hoje, uma tranquilidade íntima que só podem ter aqueles que encontraram uma resposta para as suas mais profundas interrogações. Sei que só na compreensão e amizade entre os povos será possível encontrar o verdadeiro progresso da Humanidade. E só há um caminho: a Paz.”
Legenda: Maria Lamas a discursar no Congresso Mundial pelo Desarmamento e a Paz, Tóquio, 1957.