No mês em que se assinala o Dia Internacional da Mulher, o CHUDE-Centro Humberto Delgado propõe novos diálogos sobre os direitos das mulheres e igualdade de género, abrindo as portas à discussão sobre o papel das mulheres em contexto de guerra na sociedade contemporânea.

Na segunda-feira, dia 11, foram realizadas três sessões para o público escolar e, no passado domingo, 17 de março, decorreu, como habitualmente, a Roda de Conversa temática, mensal, no CHUDE, no Boquilobo. As sessões nas escolas foram dinamizadas pelo serviço educativo do museu e por Manuela Tavares, investigadora integrada no Centro Interdisciplinar de Estudos do Género no ISCSP, coordenadora do Centro de Documentação e Arquivo Feminista Elina Guimarães e membro da UMAR-União de Mulheres Alternativa e Resposta.

As convidadas para a conversa de domingo foram Shahd Wadi, investigadora em assuntos palestinianos e feministas, e Regina Marques, da direção do MDM-Movimento Democrático de Mulheres de que Maria Lamas é presidente honorária. Nesta roda tivemos ainda o gosto de receber duas mulheres ucranianas, que connosco partilharam os seus testemunhos.

Falou-se de guerra e de paz, dos conflitos do passado e dos mais atuais e, em particular, do sofrimento das mulheres em todas as guerras, cujos corpos são frequentemente usados como armas de guerra.

Decorreu no passado dia 7 de março de 2024 em Aljustrel, o Encontro da Rede Portuguesa de Turismo Industrial para a apresentação da agenda 2024. O Município de Torres Novas esteve presente na qualidade de membro da rede, com participação através das atividades do Núcleo Museológico da Central do Caldeirão integrando a iniciativa nacional “À descoberta do Turismo Industrial” que oferece uma oportunidade única de conhecer os locais e experiências associados à indústria viva e ao património industrial em Portugal. Aceite o convite e conheça o património industrial do nosso país e da nossa região! 

Consulte, conheça, visite!

Agenda-a-descoberta-turismo-industrial-2024

No dia 14 de março de 2024 o Museu Municipal Carlos Reis recebeu a doação da obra “Auto-Retrato”, de autoria de Carlos Reis, datada de 1931. A doação foi feita pelo bisneto do pintor, Carlos António dos Reis e pela filha Maria João Reis, trineta, ambos responsável e co-responsável pela decisão da doação. Esta doação que muito reconhecidamente nos valoriza e engrandece, é realizada ao abrigo do regime geral dos museus portugueses, preconizada no artigo 13 da Lei-Quadro dos Museus, de que decorre o respetivo auto de doação assinado por ambas as partes, doador(es) e responsáveis pela tutela desta instituição. Do auto-retrato do pintor Carlos Reis, consta a seguinte dedicatória ao seu neto Pedro Carlos Reis: “Ao querido Pedro Carlos/ para que não esqueça/o seu avô/ Carlos Reis/ 18-5-1931. Acresce ainda que este auto-retrato integrava um conjunto de peças depositadas no Palácio Nacional da Ajuda pela família de Carlos Reis, que ilustrava uma sala dedicada à figura do pintor torrejano e que foi desmantelada em outubro de 2017. O espólio em causa foi nesse momento depositado no Museu Municipal Carlos Reis, onde se encontra atualmente. Por sua vez, a obra encontra-se em exposição no núcleo de pintura de Carlos Reis.

Será lançado no dia 23 de março, na Galeria Neupergama e Museu Municipal Carlos Reis, o catálogo digital da exposição «Terra Branca», da autoria de Teresa Segurado Pavão, numa iniciativa de entrada livre que irá contar com a presença da artista.
Fazem ainda parte do programa uma visita guiada à exposição na Galeria Neupergama (15h) e Museu Municipal Carlos Reis (16h), bem como conversas com o Coletivo 249.
A exposição «Terra Branca» pode ser visitada até dia 30 de março no Museu Municipal Carlos Reis (terça a domingo das 9h às 13 e das 14h às 17h) e Galeria Neupergama (quarta a sábado das 14h às 18h).
Nesta mostra, a artista apresenta um conjunto de 70 peças num tributo a João Cutileiro, que integra pedaços de pedra oferecidas pelo escultor. Este artista é referência em Torres Novas com as suas esculturas, nomeadamente: D. Sancho I; Monumento ao Operário Torrejano e S. Sebastião.
A narrativa do seu trabalho «parte do fragmento e da metamorfose deste, num elo com o barro branco – matéria primordial de eleição, a sua “tela branca” - renascendo objeto e forma, expressão e arte, no re-contar da história e das estórias dos afetos e dos pedaços desapossados que as compõem. Neste primeiro núcleo de obras, dá-se o encontro da cerâmica no sagrado, na arqueologia, na contemplação. Os relicários devotos, que asseveram a relação mística do homem com o divino.»