O Arte Institute volta a Portugal para proporcionar o encontro entre programadores culturais de todo o mundo e artistas nacionais, naquela que já é a 6.º. edição do RHI - Revolution Hope fundadora Imagination (www.rhi-think.com), de 14 a 23 de março de 2024. Com vontade de superar o sucesso das edições anteriores, o evento vai passar por 14 cidades (Cascais, Torres Vedras, Alcobaça, Funchal, Leiria, Loulé, Faro, Torres Novas, Évora, Nazaré, Vidigueira, Braga, Porto e Lisboa) e não faltam palestras, workshops ou showcases para criar oportunidades únicas de convergência entre artistas e programadores/curadores.

É este o grande objetivo do RHI, segundo a Ana Ventura Miranda, fundadora do Arte Institute, em Nova Iorque: “A iniciativa RHI vai continuar, nesta 6.º edição, a promover a internacionalização de artistas portugueses, trazendo a Portugal programadores e curadores estrangeiros para conhecerem os projetos nacionais. Por outro lado, continuamos a nossa outra missão que é dar novas ferramentas e metodologias de trabalho para a área da cultura e seus profissionais”.

Programa em Torres Novas

17 de março

Workshop de dança contemporânea (destinado a escolas de dança)

10h| TALK Oportunidades em festivais literários, na Bibiblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes

11h30 | TALK Oportunidades para internacionalização de um projeto artístico (artes plásticas, música, teatro e literatura), na Bibiblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes

14h30 | TALK Cinema e Multimédia, na Black Box da Central do Caldeirão

14h30 | SHOWCASES - ateliers de José Coêlho; João Carvalho; Alcides Baião; Júlio Costa; Sam Abercromby

20 de março

WORKSHOP Arte e Ciência na Escola Secundária Maria Lamas

Inscrições através do email Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

Mais informações sobre o evento em rhi-think.com

No mês em que se assinala o Dia Internacional da Mulher, o CHUDE - Centro Humberto Delgado propõe novos diálogos sobre os direitos das mulheres e a igualdade de género.
Desta forma, irá decorrer no dia 17 de março, domingo, pelas 15h, uma roda de conversa que terá como tema principal «As mulheres em contexto de guerra na sociedade contemporânea», com Shahd Wadi, investigadora em assuntos palestinianos e feministas, e Regina Marques, da direção do MDM-Movimento Democrático de Mulheres.
A participação na atividade é gratuita, sendo necessária inscrição prévia até ao dia 14 de março através do link: https://webinq.cm-torresnovas.pt/i/?chi=W0UBO8TN
Para mais informações poderá contactar o CHUDE - Centro Humberto Delgado através do e-mail Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. ou pelo telefone 249 812 535.

 
O Museu Municipal Carlos Reis através do Núcleo Museológico da Central do Caldeirão lamenta profundamente o falecimento de José Ribeiro Sineiro de 88 anos, natural de Torres Novas. Agraciado em 2000 com a medalha de Mérito Municipal de Cultura pelo Município de Torres Novas, ficaram a dever-se à sua iniciativa ações importantes para a salvaguarda e valorização do Património Cultural como a sua participação na atividade de constituição da coleção de etnografia e arqueologia industrial, depositada a partir de 1985 na antiga garagem Claras e posteriormente entregue ao Município, a reabilitação de edifícios com relevância histórica em Torres Novas como a Casa Mogo onde viria a ser instalado o Museu Municipal e os primeiros contactos com a EDP com vista à salvaguarda da Central do Caldeirão enquanto património público. Relativamente às ações de preservação do património elétrico, destacamos a esse nível o seu inestimável contributo não só ao nível da recolha de vários materiais e documentação da antiga central, como também ao nível da pesquisa que elencou na publicação de sua autoria - “A Iluminação pública e a electricidade na Vila de Torres Novas”, disponível no catálogo on-line da Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes em: https://biblioteca-catalogo.cm-torresnovas.pt/.../opac...
Agradecemos toda a sua disponibilidade para a entrevista que nos concedeu sobre a Central do Caldeirão publicada em a 30/01/2022 em: https://museu.cm-torresnovas.pt/.../muse.../376-jose-sineiro

 
Carlos António Rodrigues dos Reis, natural de Torres Novas, onde nasceu a 21 de fevereiro de 1863, foi um relevante pintor do naturalismo português. Frequentou entre 1881 e 1889 a Escola de Belas-Artes de Lisboa, onde se formou, tendo sido discípulo de Silva Porto, Simões de Almeida e Miguel Ângelo Lupi. Com a ajuda do Rei D. Carlos, seu amigo, conseguiu uma bolsa do estado para prosseguir os estudos na École des Beaux-Arts, em Paris, onde conviveu com mestres do retrato e da pintura histórica como Léon Bonnat, e Joseph Blanc. Foi professor da Escola de Belas Artes de Lisboa (1895) e nomeado diretor do Museu Nacional de Arte Contemporânea, de Lisboa, em 1911, funções que exerceu até 1914.
Em 1942, o seu nome foi atribuído ao Museu de Torres Novas. Em 1993 realizou-se no Museu Carlos Reis em colaboração com o Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado a Exposição “Carlos Reis e a Atemporalidade da Pintura Portuguesa” que se veio a constituir a base da coleção em exposição permanente.
Atualmente a coleção de pintura de Carlos Reis encontra-se em processo de intervenção de conservação pelo restaurador José Mendes, especialista em pintura de cavalete, no âmbito do Programa de Apoio a Museus PROMUSEUS.
Venha visitar-nos e acompanhe este trabalho!
 

Legenda da imagem:

Reis Pedro Carlos (2006). Carlos Reis. Lisboa : ACD, p.8.

Atraídos por um suposto encontro com oficiais oposicionistas do exército, Humberto Delgado e Arajaryr Campos, sua secretária, foram apanhados no dia 13 de fevereiro numa emboscada, tendo sido assassinados por uma brigada da PIDE, chefiada por Rosa Casaco. O homicídio ocorreu em Villanueva del Fresno, onde hoje se encontra um monumento que, simbolicamente, marca essa data para que não seja esquecida a memória do “General Sem Medo”. 

Humberto Delgado foi promovido a marechal da Força Área a título póstumo e os seus restos mortais foram trasladados para o Panteão Nacional no dia 5 de outubro de 1990. Em sua homenagem, foi atribuído o nome Humberto Delgado ao aeroporto de Lisboa e, por todo o país, encontramos estátuas e memoriais em sua honra e vemos o seu nome repetido na toponímia, um pouco por toda a parte.

 

Humberto Delgado afrontou o regime de Salazar com a sua candidatura às eleições presidenciais de 1958. Durante a campanha deu visibilidade às vozes de muitos homens e mulheres que saíam à rua em demonstrações de apoio por um Portugal novo, livre, numa avalanche de esperança democrática. 

Mas o regime mobilizou-se prontamente para a fraude eleitoral, tendo os resultados oficiais dado a vitória ao candidato da União Nacional, Américo Tomás. O rescaldo das eleições proporcionou movimentos grevistas e de protesto bem como a organização de estruturas oposicionistas, como o Movimento Nacional Independente. Humberto Delgado foi alvo de um processo disciplinar, o que o levou a refugiar-se e pedir asilo político na Embaixada do Brasil em 1959. No exílio, Delgado estabeleceu contactos com os oposicionistas portugueses do exterior e com o governo republicano espanhol exilado. Participou e assumiu responsabilidades políticas nas ações da tomada do navio Santa Maria (1961) e no assalto ao quartel de Beja (1961-2) tendo, para isso, entrado clandestinamente em Portugal. Do Brasil, após uma passagem pela Checoslováquia, fixa-se na Argélia, em 1963, onde toma contacto com a Frente Patriótica de Libertação Nacional e assume a chefia do seu órgão diretivo, a Junta Revolucionária Portuguesa. Humberto Delgado e mais um grupo cisionista da Frente Patriótica fundam em 1965 (12 de janeiro) a Frente Portuguesa de Libertação Nacional.

No dia 13 de fevereiro, H. Delgado e a sua secretária são assassinados por uma brigada da PIDE. Nesse mesmo dia, uma comissão de juristas da Liga Internacional dos Direitos do Homem desloca-se a Espanha e a Portugal para investigarem o seu desaparecimento. No dia 24 de abril de 1964 dá-se início ao inquérito judicial espanhol. A 28 de abril de 1965, Mário Soares oferece os seus serviços à família de Humberto Delgado para a representar no processo de denúncia crime.

 

Para saber mais:

Casa Comum (arquivo Fundação Mário Soares e Maria Barroso)

http://casacomum.org/cc/pesqArquivo.php?termo=assassinato+humberto+delgado

Museu do Aljube

https://www.museudoaljube.pt/fundo-oliveira-pio/

https://www.museudoaljube.pt/doc/humberto-da-silva-delgado/

https://www.museudoaljube.pt/doc/55-anos-do-assassinato-de-humberto-delgado-e-arajaryr-campos-13-de-fevereiro-de-1965/

Aquivo RTP

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/30o-aniversario-da-morte-de-humberto-delgado/

 

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