Núcleo de Arqueologia do Museu de Torres Novas 

Em pleno centro histórico, a escassos metros do castelo, encontra-se este novo núcleo museológico de arqueologia e história do museu municipal de Torres Novas, constituído em três áreas distintas:

. reserva arqueológica (visitável)

. área de exposição de longa duração

. zona de exposições temporárias

 

O Núcleo de Arqueologia do Museu de Torres Novas encontra-se atualmente em construção.

 

Os núcleos expositivos deste espaço museológico são construídos numa lógica de centro de interpretação com vista a fornecer informação que permita ao visitante verificar as semelhanças, mas também conhecer e valorizar a especificidade da povoação onde reside ou que se encontra a visitar.

A exposição de longa duração deste núcleo assenta o seu discurso num percurso pelo passado de Torres Novas, ligando o fenómeno urbano ao seu suporte territorial, de forma diacrónica, da pré-história até ao século XVI, a partir dos resultados dos projetos de investigação mais recentes. Este núcleo museológico funciona como elemento de contacto, a partir do discurso expositivo, com outros locais expositivos/interpretativos/museológicos visitáveis no concelho, como é o sítio arqueológico (e o futuro núcleo interpretativo) de Villa Cardílio, as Grutas de Lapas e a Casa Mogo de Melo/Museu Municipal Carlos Reis.

Pretende-se que esta unidade museológica concretize, na prática, a ligação entre a academia, a comunidade e o museu, como lugar agregador dos projetos científicos de arqueologia e de história. O espaço de exposições temporárias servirá precisamente para apresentar os resultados destes projetos científicos, concretizando o cumprimento das funções museológicas de estudo e comunicação dos acervos junto das comunidades locais.

A primeira exposição temporária é dedicada aos achados do projeto Arqevo (UNIARQ) cujo objetivo é contribuir para a investigação da origem e destino da linhagem neandertal é uma das questões-chave da Paleoantropologia e da Arqueologia paleolítica. Uma das frentes de trabalho do projeto decorre no Sistema Cársico associado à nascente do Rio Almonda, sítio que tem vindo a oferecer aos investigadores materiais de estudo muito relevantes. Um dos achados mais relevantes recolhido atá agora foi o fóssil de um crânio humano de há cerca de 400 mil anos, peça que estará patente, juntamente com muitos outros materiais e artefactos, na primeira exposição temporária do Núcleo de Arqueologia do Museu de Torres Novas.

 

As exposições patentes no Núcleo de Arqueologia do Museu de Torres Novas são comissariadas por João Zilhão e Henrique Matias, para a Pré-história antiga; por António Faustino Carvalho, para a Pre-história recente; por Carlos Fabião e Victor Filipe, para as cronologias do período romano; e por Marco Liberato, para a época medieval.

 

A reserva de arqueologia patente no edifício é também espaço visitável (por marcação). Este espaço de trabalho do museu, pode ser utilizado, também, mediante autorização prévia, por arqueólogos externos para estudo do acervo. A abertura ao público deste local, pese embora a designação de visitável, é, por motivos de segurança e de conservação, condicionada à marcação das visitas, que são sempre mediadas por técnicos do Museu de Torres Novas.

Esta reserva labora em conexão com a reserva arqueológica municipal, situada na localidade de Nicho dos Rodrigos, onde são acolhidos os materiais entregues pelos arqueólogos. A reserva arqueológica municipal inclui duas salas de reserva (sala de arqueologia e a sala de osteologia), uma área de reserva de material pétreo (elementos arquitetónicos), uma zona de trabalho (para lavagens e outras necessidades técnicas) e uma outra zona preparada para atividades de educação patrimonial com um campo de simulação de escavação arqueológica.

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